domingo, junho 15, 2025
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‘Projeto das Minas’ busca despertar em alunas o interesse em ciências como engenharias e computação

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Por

Tatiana Milanez

Repórter

Desenvolvido por um grupo de pesquisadoras de diversas instituições de ensino superior do Brasil, o Projeto das Minas – Cuidar para Transformar visa transformar escolas em comunidades de aprendizagem ativas. De acordo com a orientadora do projeto em São Mateus, a professora do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), Ana Beatriz Neves Brito, o principal objetivo da iniciativa é despertar em alunas do ensino regular, fundamental e médio o interesse para ingressarem nas áreas de ciências exatas, como engenharias e computação.

De acordo com ela, no projeto, as estudantes são incentivadas a resolverem problemas socioambientais locais e globais, e desenvolver nelas o interesse pela formação, permanência e ascensão nessas carreiras, que majoritariamente são preferidas por homens.

Daniela da Luz Leite, Silvana Silva Pereira, Ana Lúcia Plácido Fanticelle e Ana Beatriz Neves Brito durante a primeira reunião de seleção do Projeto das Minas na Escola Arnóbio Alves de Holanda.
Foto: Divulgação

Em São Mateus, o projeto está sendo desenvolvido com estudantes da Escola Municipal Doutor Arnóbio Alves de Holanda, que é uma das duas instituições de ensino do Espírito Santo a serem contempladas pela iniciativa. A outra unidade é a Escola Família Agrícola de Boa Esperança.

A professora Ana Beatriz destaca que o projeto acadêmico é desenvolvido em parceria com o Ceunes por especialistas, todas mulheres, em ciências exatas, humanas, engenharia e pedagogia. “Juntas, promovemos ações educativas em dez escolas públicas de diferentes regiões do Brasil. Somos pesquisadoras permanentes do projeto” – explica.

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EQUIPE DO PROJETO DAS MINAS

 

Segundo Ana Beatriz, além dela, a equipe do Ceunes é composta também pela pesquisadora Ana Fernanda Inocente Oliveira. O grupo conta ainda com as seguintes profissionais: Romilda Fernandez Felisbino (coordenadora geral) e Laura Plazas Tovar (Unifesp); Ana Beatriz Alvarez Mamani e Tamyres Izarelly Barbosa da Silva (Ufac); Leila Thomazelli Thieghi, Sarah Isabel Pinto Monteiro do Nascimento Alves e Adriana Regina Braga (Unifesp); Sarah Patrícia de Oliveira Rios (Uefs); Kallyana Moraes Carvalho Dominices (Ifto); e Maria Cristina Cavaleiro (Uenp).

 

 

Escolas com papel central na educação inclusiva

 

A professora Ana Beatriz afirma que as instituições públicas de ensino possuem um papel fundamental na educação inclusiva para mulheres. “As escolas parceiras assumem um papel central na promoção de uma educação inovadora e inclusiva. Essas instituições se destacam pelo compromisso com a excelência pedagógica, adotando metodologias modernas que incentivam o pensamento crítico e a criatividade dos alunos”.

 

Ana Beatriz Neves Brito.
Foto: Divulgação

Ela explica ainda que um dos principais objetivos é oferecer ambientes acolhedores e equipes dedicadas para as estudantes. “As escolas parceiras transformam o processo de aprendizagem em uma experiência dinâmica e enriquecedora, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento integral e a formação de cidadãos preparados para os desafios do futuro”, enfatiza a educadora.

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Aceitação imediata

 

A orientadora do Projeto das Minas, Ana Beatriz Neves Brito, detalha que a proposta de parceria do Ceunes com a Escola Arnóbio foi prontamente aceita pela diretora Ana Lúcia Plácido Fanticelle. “Ela foi receptiva e compreendeu os benefícios que o projeto traria, não apenas para as meninas selecionadas e para a escola, como também à comunidade. Além disso, o projeto foi aceito pelas famílias e o incentivo delas na educação das filhas é fundamental para o desenvolvimento de excelentes profissionais” – descreve.

Segundo Ana Beatriz, foram selecionadas para integrarem o projeto na Escola Arnóbio, além da professora Silvana Silva Pereira, cinco estudantes do ensino fundamental: Brigida Maria Martinelli, Eloá Pereira Carvalho, Gabriela Araújo Rios Milanez, Isabela Pagani Alves e Sarah Medina Lima.

No Ceunes, além das duas pesquisadoras, Ana Beatriz e Ana Fernanda, também fazem parte da equipe a mestre em Ciências Daniela da Luz Leite e a bolsista Andressa Bezerra Aguiar Costa, aluna do curso de graduação em Engenharia Química.

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Além do ensino tradicional

 

Para a professora Ana Beatriz, o Projeto das Minas vai além do ensino tradicional. “Ele transforma escolas em espaços vivos de aprendizagem, inovação e empoderamento. Por meio de estratégias híbridas, científicas e culturais, conectamos teoria e prática para despertar o protagonismo feminino, incentivar a pesquisa e promover soluções para desafios ambientais e sociais. As ações do projeto envolvem formação continuada de professoras, pesquisa-ação em escolas, experimentação científica, expressões artísticas e tecnologia”.

Ela explica ainda que, “aplicando um ambiente onde o conhecimento é uma ferramenta de mudança, cada aluna se torna uma agente de transformação, preparada para construir um futuro mais sustentável, inclusivo e inovador”.

 

CARACTERÍSTICAS

 

O Projeto das Minas é vinculado ao Edital CNPq 31/2023, em iniciativa dos ministérios da Mulheres e de Ciência e Tecnologia. A seleção foi realizada na semana ada e os próximos os serão definir a rotina de aulas e encontros. O projeto terá duração de três anos e combina atividades presenciais e virtuais que estimulam aprendizado, pensamento crítico e transformação social.

“Nosso objetivo é proporcionar experiências dinâmicas para as alunas e professoras das escolas parceiras, conectando ciência, tecnologia, cultura e sustentabilidade. O ensino híbrido permite que a aprendizagem vá além da sala de aula, tornando-se um instrumento de protagonismo, empoderamento e impacto social” – complementa.

 

Foto do destaque: Divulgação

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